Existem pelo menos 30 razões que (com)provam que João Soares venceu, recentemente, o debate na RTP com o embaixador itinerante de sua majestade o rei de Angola, Luvualu de Carvalho.
Por Elias Catengue
“Deixem o Velho ir de férias, deixem-no ir para a Reforma”, já roubou muito, está cansado, deixem-no ir gozar os muitos milhões em dinheiro que tem no mealheiro;
“José Eduardo dos Santos não está no poder há 37 anos, havia um outro sistema político que era liderado por José Eduardo dos Santos, houve mudança de sistema político, agora quem manda no novo (?) sistema político é o José Eduardo dos Santos;
“A Islândia realizou eleições e o presidente estava no poder havia 20 anos, a Islândia é na Europa, não é no Madagáscar”; 37 anos de José Eduardo dos Santos no poder é muitíssimo menos do que 20 anos do Presidente da Islândia no poder…;
Um verdadeiro Presidente debate, não se acobarda contratando um demagogo itinerante para debater;
O demagogo Itinerante está formatado apenas para debates na TPA, onde o rácio de participantes em debates é de meia dúzia de camaradas do MPLA para contrariar a opinião de um elemento da oposição;
Angola não é tecnicamente um democracia, é um reigime autoritário;
Angola é um dos países mais desiguais do mundo;
Num debate não se ameaça o adversário com processos judiciais, argumentase, apresentam-se opiniões para contrariar as teses do opositor;
As adversidades não se resolvem inventando bodes expiatórios para não assumir as culpas;
A Democracia é uma miragem em Angola;
Em Portugal não existe uma “paixão mórbida por Angola”, não foram os portugueses os autores do 27 de Maio nem foram eles que fuzilaram Cassule, Camolingue, Ganga, Rufino António… foi o MPLA;
Nas democracias, quem se dedicar à leitura não é membro de uma organização de malfeitores, como acontece em Angola, uma ditadura;
Os portugueses, quando decidiram acabar com os bairros da lata, primeiro construíram urbanizações para alojar as populações, não contrataram um general para destruir e matar;
O centésimo quadragésimo nono lugar que Angola ocupa, em Desenvolvimento Humano, devido ao governo do MPLA, não é um mito, é uma realidade;
Ao fim de 37 anos de José Eduardo dos Santos no poder nem uma província tem um governador da oposição;
Não há autarquias em Angola;
“Angola é um país como outro qualquer” dos países onde não se respeitam os Direitos Humanos;
Em Angola há um cidadão, Rui Mangueira, a cumprir “ordens superiores” no Ministério da Injustiça e dos Direitos Desumanos;
Em Angola há um cidadão, Ângelo Veiga, a cumprir “ordens superiores” no Ministério do Interror;
O congresso do MPLA provou que o partido é um partido múltiplo, existem várias forças dentro do MPLA (99.6% votaram (?) em JES?);
“Os observadores acabam por não ter a percepção do que ocorre no congresso, no congresso o que se discute não é do vosso domínio, faz parte da vida interna do MPLA”; nos países e nos partidos democráticos os congressos estão abertos à comunicação social, com reportagens em directo;
Kangamba representa o MPLA e o governo, foi eleito deputado pelo MPLA, apesar de todo o seu cadastro criminal;
Os indicadores mundiais da fome, mortalidade infantil, má governação, repressão… são elaborados por instituições independentes, não obedecem às “ordens superiores” do José Eduardo dos Santos;
Os indicadores de Angola sobre a fome, mortalidade infantil, má governação, repressão… são de Angola, do governo do MPLA, não são da Austrália, Canadá, Dubai, Islândia, Kazaquistão, Portugal, Paraguai, Tajiquistão ou Uzebequistão;
Angola não tem uma “vareta mágica” para tentar controlar as epidemias porque o governo é corrupto e incompetente; O Ministério da Saúde deveria passar a designar-se Ministério dos Bombeiros para apagarem incêndios e epidemias;
Angola investe mais nas forças militares do que no ensino e na saúde;
A causa da miséria em Angola não é a estiagem, é a pilhagem;
Na Ciência Política deve existir RRB (Raciocínio, Razoabilidade e o Bom Senso); na Ciência Paralítica do MPLA existe a IIFBS (Irracionalidade, Irrazoabilidade e Falta de Bom Senso) de um sistema de partido único;
Em democracia debatem-se ideias, na angolana Reipublicana Monarquia deBatem quem surgir com novas ideias;
“Ponham a democracia a funcionar em pleno, porque isso pode ser útil para todos”.